Por Fábio Lau
Mano Menezes está por um triz? Talvez seja cedo para afirmar. Embora ninguém, em sã consciência, possa estar satisfeito com o trabalho do treinador da seleção nacional. Luiz Ribeiro, radialista e apaixonado por futebol, acha que se Mano não ganhar a medalha de ouro em Londres ele desembarcará no Brasil desempregado. PC Guimarães, colunista de Conexão, também não entende algumas escolhas de Mano: R 10 e o goleiro Julio Cesar principalmente. E a gente, cá entre nós, torce para que em 2014 a população não morra de inveja dos contemporâneos da chamada derrocada de 50, do Maracanazo. Porque, do jeito que a coisa anda..... toc toc toc.
Matheus Pichonelli (Carta Capital)
Mano Menezes deve ser o técnico da seleção para a Copa de 2014? A resposta, depois do marasmo da partida contra a Bósnia, parece pronta na boca do torcedor, mas só poderá ser cravada após a Olimpíada de Londres.
Nos Jogos, Mano pode ganhar força e engatar uma reta até o Mundial. Se perder, será a reedição de uma maldição que grudou no calcanhar de todo treinador da seleção.
Até lá (e faltam só poucos meses), muita coisa deve mudar. No jogo contra a Bósnia, na semana passada, muita coisa ficou exposta: o goleiro não tem mais confiança, o camisa 10 não faz mais que tocar de lado, os volantes não são mais que brucutus, o craque não tem condições de decidir tudo sozinho.
Hoje, se testada a popularidade de Mano Menezes, não superaria os índices obtidos por qualquer prefeito mediano, desses que chegam ao último ano de mandato com menos de 30% de aprovação. Algo que pode mudar muito em breve a depender do sucesso da seleção que levará a campo em Londres para a disputa das Olimpíadas.
A medalha de ouro em competições olímpicas é o único título que falta na estante da seleção. Não vale como uma Copa, mas certamente seria comemorada nas ruas com direito a vuvuzela. Não por menos, é obsessão de todo torcedor que acompanha e gosta minimamente da seleção.
Por sorte, Mano Menezes tem em mãos, pelo menos do meio-campo para frente, a geração olímpica mais brilhante que já surgiu no futebol brasileiro desde 1996. Naquele ano, Mário Jorge Lobo Zagallo montou um time sub-23, idade máxima permitida para disputar a Olimpíada, que bateria com folga muito esquadrão graúdo. Tinha Ronaldinho, o futuro Fenômeno, como maior expoente, ao lado de Roberto Carlos, André Luiz, Zé Maria, Flávio Conceição, Juninho Paulista, Sávio, Luizão e o goleiro Dida – a maioria das promessas vingou como destaque, anos mais tarde, em seus clubes e seleção principal.
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