Grandes amigos: Demóstenes comemora com Agripino eleição como presidente do DEM |
Da Redação
O DEM aguarda a decisão do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para decidir o futuro do senador Demóstenes Torres (GO) no partido. A Procuradoria ainda não se pronunciou se abrirá uma ação em relação ao envolvimento dele com o empresário de jogos Carlos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, no mês passado.
Entretanto, não há quem duvide que, pressionado, o procurador-geral, Roberto Gurgel, hesitará em determinar a abertura de ação. Há dois anos, pelo menos, ele recebeu denúncias contra Demóstenes e Carlinhos Cachoeira, mas preferiu arquivar em vez de determinar sua apuração. Demóstenes é integrante do Ministério Público de Goiás.
Já combalido por conta do esvaziamento da bancada a partir da eleição de Dilma para a Presidência, o DEM não terá escolha. Poupar a legenda de mais este desgaste é a palavra de ordem dentro do partido. Até porque há apostas em alguns candidatos a prefeituras importantes em todo o país, como a do deputado Rodrigo Maia, no Rio. E ter que rebater acusações de membros importantes do partido com o crime organizado será tarefa difícil demais.
O presidente do DEM, senador Agripino Maia, admitiu que a abertura de inquérito complica a situação de Demóstenes, mas acha cedo falar em expulsão. "Se o procurador pedir a abertura de inquérito é ruim, porque é aberto por conta de elementos que estão lá, mas é preciso dar direito de defesa ao Demóstenes."
Outro senador, Álvaro Dias (PSDB-PR), disse que a citação sobre Demóstenes "cria um grande constrangimento" e "cala um pouco uma das vozes mais fortes e autorizadas da oposição".
Demóstenes nega irregularidades nas relações com Cachoeira --que, por sua vez, se diz inocente.
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