quinta-feira, 8 de março de 2012

Malufista é o novo presidente da CBF

José Maria Marín será o substituto de Teixeira

Denúncias de corrupção e problemas de saúde levaram o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, a deixar o cargo depois de 23 anos a frente da entidade. Sob acusação no Brasil e no exterior de favorecimento em contratos publicitários, a empresas e de recebimento de propina no exterior, Teixeira já não tinha apoio nem mesmo da TV Globo que era a grande aliada nos últimos anos. Sua saída era dada como certa há pelo menos um mês.



O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, comunicou nesta quinta-feira as federações estaduais de que sairá de licença médica por tempo indeterminado. O cartola indicou o vice da Região Sudeste, José Maria Marin, para assumir interinamente o comando da entidade.

O afastamento de Teixeira era dado como certo desde a Assembleia Geral Extraordinária da CBF realizada no último dia 29. Na ocasião, o dirigente negou que deixaria o comando da entidade em definitivo, mas admitiu que poderia se licenciar devido a uma diverticulite.

Na semana passada, Teixeira passou por exames médicos. Os resultados apontariam se haveria ou não necessidade de se afastar da CBF. No entanto, presidentes de federação já contavam com a ausência do cartola.

Também já era esperada a indicação de José Maria Marin. O paulista esteve interinamente à frente da entidade entre dezembro e janeiro deste ano, quando Teixeira também se licenciou por problemas de saúde. Por se tratar de um afastamento temporário, o cartola poderia apontar qualquer um de seus cinco vices para substituí-lo.

Durante a assembleia da semana passada, presidentes de federação chegaram a sugerir um rodízio entre os vices regionais. Os dirigentes temiam demasiada influência paulista na CBF, já que Marin é amigo de Marco Polo del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) e cartola mais próximo de Teixeira na atualidade.
José Maria Marín é um político tradicional de São Paulo tendo sido eleito várias vezes pelo partido de sustentação da ditadura militar, a Arena.Foi aliado incondicional do deputado Paulo Maluf, acusado de  corrupção, de quem foi vice-governador. Chegou ao Palácio dos Bandeirantes por conta da desincompatibilização de Maluf. Presidiu a Federação Paulista de Futebol e manteve fidelidade canina a Teixeira durante este período de turbulência na CBF. Mas é visto como antiquado por boa parte dos presidentes de Federação.

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