O "de graça" tem saído caro aos filhos estrangeiros |
Por Eliakim Araújo (Terra Brasilis)
O programa é do Departamento de Estado e funciona como uma espécie de propaganda das maravilhas da terra do Tio Sam. Anualmente, 25 mil estudantes de várias partes do mundo se candidatam a viver algum tempo o “american way of life”.
Mas, na prática, a coisa não é bem assim. E é bom que os pais que estão pensando em inscrever seus filhos no programa fiquem espertos.
Segundo reportagem investigativa da rede NBC, dezenas de estudantes estrangeiros do ensino médio que fazem esse programa de intercâmbio são estuprados, abusados sexualmente ou molestados pelos “pais” americanos.
Em um dos casos mais chocantes, pelo menos quatro estudantes do intercâmbio sofreram abusos sexuais pelo mesmo "pai" que os hospedava em sua casa. Ele dizia às suas vítimas: “essa é a cultura americana, você tem que se acostumar”.
Em um dos casos mais chocantes, pelo menos quatro estudantes do intercâmbio sofreram abusos sexuais pelo mesmo "pai" que os hospedava em sua casa. Ele dizia às suas vítimas: “essa é a cultura americana, você tem que se acostumar”.
A denúncia partiu do estudante alemão Christopher Herbon, que resolveu escrever um livro para contar os dissabores que passou na América e, ao mesmo tempo, limpar sua barra, porque quando uma vítima reclama com a organização que promove o intercâmbio, o reclamante é imediatamente desligado e mandado de volta pra casa como indisciplinado. Foi o que aconteceu com ele.
A reportagem da NBC reconhece que a maioria desses adolescentes têm grande experiência e não cai nessas armadilhas, mas o sistema tem falhas que permitem aos predadores sexuais abusarem de jovens mais inocentes ou temerosos.
Há mais de 80 organizações de intercâmbio credenciadas pelo Departamento de Estado. São empresas que pagam uma taxa e são autorizadas a encontrar famílias que queiram abrigar em suas casas estudantes do exterior, sem receberem qualquer remuneração por isso. E é aí que mora o perigo.
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