segunda-feira, 26 de março de 2012

Testemunhas podem complicar defesa de Thor Batista

Pressa da polícia leva a condenação do morto (e da verdade)
Da redação


Policial rodoviário federal ouvido pela reportagem do Domingo Espetacular, da Rede Record, negou em entrevista levada ao ar ontem que o filho do empresário Eike Batista, Thor, pudesse ter feito teste de bafômetro no posto da Polícia Rodoviária na subida da Serra conforme havia falado em depoimento. E a razão soa a pueril de tão convincente: não há aparelho de bafômetro no lugar. Os equipamentos ficam nas viaturas.
De acordo com o policial, que não se identifica, o rapaz, que teria retornado ao posto espontaneamente três horas após o choque do seu carro, um Mercedez Benz modelo Mc Laren,  com a bicicleta de Wanderson Pereira, não poderia ter feito o exame para saber se consumira ou não bebida alcoólica. Outros dois depoimentos, se considerados relevantes pela polícia, poderão embaraçar o lado rico da história do atropelamento: uma jovem moradora que afirma ter visto quando o carro dirigido por Thor pegou Wanderson no acostamento (e não no meio da rodovia conforme versão oficial) e ainda o de um perito que reprova a decisão de liberar o automóvel antes de uma perícia definitiva. Mas, diante das evidências, o delegado responsável pelo caso diz que tudo indica que o ciclista fora colhido pelo automóvel no meio da estrada (o que absolveria Thor). O único exame divulgado as pressas até agora revela que o ajudante de caminhão havia bebido o equivalente a cinco latinhas de cerveja. Não há indicações de que ingestão em tal quantidade faça despertar em alguém sentimentos suicidas.

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