segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Conexão Brasil - Pinheirinho, a Justiça e o milionário

A invasão pela Polícia Militar de São Paulo da comunidade de Pinheirinho, em São José dos Campos, aconteceu durante negociações do governo do Estado com políticos de vários partidos com representação em Brasília. Dentre eles destacam-se Eduardo Suplicy (PT) e Ivan Valente (PSOL). O governador Geraldo Alckmin, interlocutor dos parlamentares, havia concordado em negociar por 15 dias de modo a diminuir as possibilidades de confronto com sangue. Há quem diga que o próprio interessado na reintegração de posse da área, o megainvestidor Naji Nahas, preso na Operação Satiagraha, havia aceitado o "armistício".
Ocorre que na madrugada de domingo, sem motivação aparente, a polícia militar invade a área, com helicópteros, caveirões e enorme contingente armado, para desalojar moradores que ocupam a área há mais de cinco anos. O dono do terreno, Nahas, é devedor em R$ 15 milhões em tributos à Prefeitura local. A pergunta que fica é: qual a razão de Alckmin ter precipitado a retomada arriscando-se a provocar um grave conflito? Sabe-se que a área onde está Pinheirinho é a menina dos olhos da especulação imobiliária de São Paulo.
E por que a imprensa paulista é tão omissa diante do conflito, truculência policial, interesses corporativos e crise do judiciário conforme se verificou ali quando uma batalha judicial foi travada a fim de impedir o prosseguimento da ação?

Arte do blog de Maria Frô

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