RT - Hala Misrati, a apresentadora de televisão da Líbia, que ganhou fama por ser uma espécie de porta-voz da TV estatal e defesa radical do seu regime na frente das câmeras, foi morta em uma prisão na Líbia. Seu nome está ligado ao de muitas outras vítimas de violência cometidos pelas milícias. Após a queda de Kaddafi, as milícias passaram a dominar o país ante a impotência do governo que tem o apoio da Europa e Estados Unidos.
De acordo com relatos da mídia local, o assassinato de Misrati, 31, ocorreu em 17 de fevereiro, dia do primeiro aniversário da revolta contra Kaddafi. No entanto, as autoridades não emitiram nenhum comunicado oficial sobre o crime.
Hala Misrati apareceu pela última vez diante das câmeras em 30 de dezembro do ano passado. Ela foi vista com o rosto machucado ao lado de outros prisioneiros.
Relatórios não confirmados, distribuídos por partidários de Kaddafi, dizem que o jornalista foi estuprada várias vezes na prisão por milicianos.
O Conselho Nacional de Transição (CNT) nunca anunciou oficialmente quais as acusações que pesavam contra Hala. Mas ela foi uma das principais vítimas da perseguição por causa da sua proximidade com o antigo regime. A organização de direitos humanos da Anistia Internacional salienta que o novo governo é incapaz de promover a democracia e controlar as milícias, que têm mais de 8000 pessoas em centros de detenção. Ali, nestes centros, cadeias improvisadas, são aplicados todos os tipos de sevícias. Mulheres e crianças são submetidas a torturas. Homens adultos são torturados e mortos. Os grupos que capturaram Kaddafi e seu filho continuam atacando trabalhadores identificados com o antigo ditador e submetendo-os a torturas e assassinatos.
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