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| Demóstenes tenta reduzir a pressão. E o calor |
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) pediu afastamento da liderança do DEM no Senado, no começo da tarde de hoje. Em carta enviada ao presidente nacional da legenda, José Agripino Maia (RN), o senador goiano diz que precisa de mais tempo para se dedicar à defesa das denúncias que o envolvem com o empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
“A fim de que possa acompanhar a evolução dos fatos noticiados nos últimos dias, comunico a Vossa Excelência meu afastamento da Liderança do Democratas no Senado Federal”, disse o senador, na correspondência.
O corregedor do Senado, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), enviou pedido de informações ao Ministério Público para saber se há envolvimento de Demóstenes no esquema de corrupção investigado pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Depois dessas informações, Vital do Rêgo definirá se o caso será remetido ao Conselho de Ética da Casa.
Em meio às denúncias de irregularidades, Demóstenes confirmou apenas que havia recebido presentes de casamento – uma geladeira e um fogão importados – de Cachoeira. Porém, vieram à tona informações que o senador mantinha uma linha telefônica para conversar com o empresário. Outra denúncia, mais recente, indica que ele recebia comissões da ordem de 30% nos negócios do contraventor Cachoeira. De 2006 para cá, a parte que coube ao senador, de acordo com cálculos da PF, seria da ordem de R$ 50 milhões.
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