segunda-feira, 26 de março de 2012

EUA facilitam ainda mais acesso de brasileiros ao país - efeito da crise

EUA de olho no gasto médio do brasileiro no exterior: R$ 276

A crise econômica americana, que tem elevado o desemprego, tem feito uma mudança radical num dos principais pilares da diplomacia daquele país. Hoje o governo americano praticamente laça turistas potenciais para que visitem a terra arrasada e que já foi das oportunidades. Prova disso é que a Missão Diplomática dos EUA no Brasil anunciou o lançamento de dois programas-piloto que buscam facilitar a entrada de brasileiros naquele país. O primeiro deles, chamado de Global Entry Program (GEP), promete agilizar a entrada de visitantes classificados como sendo de “baixo risco” em 20 aeroportos americanos, entre eles os de Miami e Nova York.

 -Visitantes de baixo risco são aqueles aprovados pela alfândega americana e pela polícia federal brasileira através da verificação de antecedentes criminais feitas pelos dois países.
Como se vê, não ter ficha criminal é a única exigente para se conseguir visto de entrada naquele país. A informação é de Jaime Ramsay, adido de alfândega e proteção de fronteiras dos EUA.
Para que o Global Entry passe a vigorar ainda deve ser assinado um memorando bilateral de entendimento com o governo do Brasil, afirmou Thomas Shannon, embaixador dos Estados Unidos.

-Não podemos precisar quando esses programas entrarão em vigor, depende do diálogo com o governo brasileiro.

Quem for aprovado no Global Entry fica livre da fila de imigração e passará diretamente por quiosques automatizados nos aeroportos. Com a digital do passageiro, o quiosque emite um recibo e libera o turista para recolher sua bagagem. Entretanto, fazer parte do programa não dispensa as pessoas da necessidade de visto para entrar nos EUA. Já existem iniciativas semelhantes com a Holanda e o México.

A princípio o programa atenderá a 150 viajantes, ainda em caráter experimental. Qualificam-se para participar profissionais de imprensa, de agências de viagens, empresas aéreas, executivos e funcionários de empresas com negócios nos EUA. O benefício vale por cinco anos.

Num segundo momento da implantação, esse número aumentará para 1.500, e aí talvez possam ser incluídos viajantes de turismo. A escolha das pessoas dependerá de discussões da alfândega americana com a Polícia Federal. Quem aderir ao programa terá de pagar uma taxa de U$ 100.
Gabriel Rico, CEO da Ancham (Câmara Americana de Comércio), afirmou que esse programa favorece o acesso de uma pessoa de negócios quando chega aos EUA.

- Permite que aqueles que viajam com alta frequência a negócios tenham acesso sem passar pela burocracia. Antes de tudo, mostra uma boa vontade do governo de lá, uma forma de tratar bem os brasileiros.

Vistos

Na mesma oportunidade, foi anunciada a criação de um programa de facilidades para a obtenção do visto obrigatório para se entrar nos EUA. Esse programa permite que determinadas pessoas consigam vistos sem ser entrevistadas por um funcionário consular., , explicou Don Jacobson, ministro conselheiro para assuntos consulares na embaixada dos EUA em Brasília.

- Isso facilitará viagens e permitirá que brasileiros que nunca tiveram um pedido de visto recusado e que atendam a outros critérios solicitem esse atendimento simplificado. Mas é necessário dizer que nem todas essas solicitações serão consideradas.

Podem solicitar essa facilidade pessoas que viajam a turismo, negócios, membros de tripulação, estudantes acadêmicos e de escolas técnicas cujo visto ainda esteja válido ou tenha expirado nos últimos 48 meses. Beneficiam-se ainda viajantes com menos de 16 anos ou que tenham 66 anos ou mais.

- O governo dos EUA tem como missão facilitar a capacidade dos brasileiros irem para os EUA e dos americanos visitarem o Brasil. Observamos uma crescente conexão entre nossas sociedades e faremos todo o possível para facilitar nossa capacidade de emitir vistos. O brasileiro gasta muito dinheiro com turismo e é muito bem vindo nos EUA, completou o embaixador.

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