sexta-feira, 16 de março de 2012

Um outro olhar sobre a cruzada internacional via internet contra Joseph Kony




































Texto originalmente publicado no blog do Ethan Zuckerman*
Na segunda, 5 de março, a organização militante Invisible Children (Crianças Invisíveis) divulgou um vídeo de 30 minutos chamado “Kony 2012“. O objetivo do vídeo é tornar conhecido Joseph Kony, líder do grupo rebelde Exército de Resistência do Senhor (Lord’s Resistance Army ou LRA em inglês), um procurado criminoso de guerra, na esperança de levá-lo à Justiça.
Até a última quinta-feira, 8 de março, o vídeo já havia sido visto mais de 26 milhões de vezes na internet e quase 12 milhões de vezes no Vimeo. Abriu-se uma discussão fascinante e complicada não só sobre o Exército de Resistência do Senhor e a instabilidade no norte da Uganda e nos países vizinhos, mas sobre a natureza do ativismo na era digital.


Meu propósito neste (longo) post é compreender melhor como Invisible Children tem aproveitado as mídias sociais para promover sua causa, quais são os pontos fortes e os limites dessa abordagem, e quais poderiam ser as consequências não intencionais desta campanha. Para mim, a campanha Kony 2012 é uma história sobre simplificação e enquadramento. Se você definitivamente apoia a campanha da Invisible Children - eu não apoio - é importante pensar por que ela foi tão bem sucedida em atrair atenção online e os limites para os métodos utilizados por ela.
Quem é Joseph Kony e o que é Invisible Children?
Joseph Kony surgiu em meados dos anos 80 como líder de uma organização, o Exército de Resistência do Senhor, de oposição a Yoweri Museveni, que assumiu o controle de Uganda em 1986, após liderar rebeliões contra Idi Amine e Milton Obote, os governantes anteriores do país. Museveni, do sul de Uganda, foi contestado por várias forças armadas do norte do país, incluindo o grupo de Kony, o Exército de Resistência do Senhor. Desde meados de 1980, o norte de Uganda tem sido uma área perigosa e instável, com os civis deslocados de suas casas para campos de refugiados para buscar segurança em meio às ameaças de ambos os lados, rebeldes e militares.
Kony e o LRA se distinguiram de outros grupos rebeldes por sua ideologia bizarra e suas táticas violentas e brutais. O LRA tem repetidamente raptado crianças, treinado meninos para serem crianças-soldados e abusado sexualmente de meninas, que se tornam carregadoras e escravas. O medo de ser seqüestrado pelo LRA levou ao fenômeno da “night commute” (viagem diária noturna), no qual as crianças deixavam suas aldeias e se dirigiam a cidades maiores para dormir, onde o risco de rapto pelo LRA era menor.
O governo de Uganda tem lutado contra Kony desde 1987. Em 2005, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão para Kony e quatro organizadores do LRA. Os Estados Unidos consideram a LRA um grupo terrorista, e tem colaborado com o governo de Uganda desde pelo menos 2008 na tentativa de prender Kony.
Invisible Children é uma organização ativista norte-americana fundada em 2004 pelos cineastas Bobby Bailey, Poole Laren e Russell JasonInicialmente interessados no conflito em Darfur, os cineastas, entretanto, viajaram ao norte de Uganda e começaram a documentar o night commute, o maior conflito do norte de Uganda. A imagem das crianças viajando à noite para ficarem a salvo tornou-se uma assinatura da Invisible Children e eles começaram uma campanha, em 2006, chamada “Global Night Commute”, que convidava adeptos a dormir do lado de fora em solidariedade às crianças do norte de Uganda.
Como uma ONG, a Invisible Children tem se empenhado, no norte de Uganda e nos países vizinhos, a construir redes de rádio, monitorar movimentos dos membros da LRA e prestar serviços a crianças e famílias deslocadas. Eles têm também um grande foco na divulgação da LRA e dos conflitos no norte de Uganda, assim como na influência de ações do governo americano em relação à própria LRA. Em 2010, o presidente Barack Obama autorizou a atuação de 100 conselheiros militares junto ao exército de Uganda, todos focados em capturar Kony – a Invisible Children teve um papel determinante ao persuadir o presidente a ter essa atitude.
A campanha Kony 2012, lançada com o tão assistido vídeo, é baseada na idéia de que a chave para levar Joseph Kony à justiça é aumentar o conhecimento das pessoas sobre seus crimes. De acordo com o cineasta e narrador Jason Russell, “99% do planeta não sabe quem é Kony. Se soubessem, ele já teria sido detido há anos”.
Para aumentar a conscientização sobre Kony, Russell solicita àqueles que assistiram ao vídeo para entrar em contato com 20 artistas famosos e 12 políticos que, segundo ele, podem aumentar a visibilidade da LRA e as chances de Kony ser preso. Em outras palavras, Russell quer a garantia de que os 100 conselheiros militares enviados pelo governo Obama continuem a trabalhar com os militares africanos para a prisão de Kony.
Críticas à campanha Kony 2012
Assim como a campanha Kony 2012 atraiu os holofotes, ela também recebeu uma onda de críticas. Na noite de terça-feira, Grant Oyston, um jovem de 19 anos que estuda Ciência Política na Universidade de Acadia, em Nova Scotia, colocou no ar um blog com o nome “Visible Children” (Crianças Visíveis), no qual se encontram diversas críticas à campanha da ONG Invisible Children.  Esse site já recebeu mais de um milhão de visitas, dezenas de milhares de comentários e evidentemente enterrou Oyston em uma montanha de respostas por e-mail.
O blog Visible Children destaca que a Invisible Children gasta menos de um terço do dinheiro arrecadado com a campanha em serviços diretos no norte de Uganda e regiões vizinhas. A maior parte de seu financiamento é aplicada em propaganda, produção de filmes e ainda mais captação de recursos. O blob também questiona se a estratégia proposta pela Invisible Children – dando apoio ao exército ugandês na caça a Kony – é viável e declara que o próprio exército ugandês possui um histórico de violação dos direitos humanos na região. (A Invisible Children responde a uma parte dessas críticas neste blog.)
Como inúmeras hashtags relacionadas ao tema “Kony” dominaram o Trending Topics do Twitter ontem, algumas ilustres personalidades africanas e conhecedoras dos problemas da região destacaram que a campanha feita pela Invisible Children emprega poucos ou nenhum dos cidadãos ugandeses a quem a organização quer ajudar. Não há qualquer africano no conselho diretor da ONG e poucos fazem parte da equipe sênior. Além disso, a abordagem feita pela Invisible Children é focada na conscientização e intervenção americana no conflito, não em soluções locais para o mesmo. Esses fatos levaram o blogueiro e ativista ugandês Teddy Ruge – que trabalha diretamente em projetos voltados para o desenvolvimento da comunidade em Uganda – a escrever em resposta à campanha feita pela Invisible Children uma matéria cujo título é A piece of my mind: Respect my agency 2012“ (algo como “Um pouco do que penso: Respeite minha autonomia 2012”), solicitando àqueles que apóiam a Invisible Children a avaliarem se o enfoque dado pela ONG à situação é correto, se seus esforços não são concentrados demais em sustentar a organização e ainda se a melhor maneira de dar apoio aos habitantes do norte da Uganda não seria  trabalhar com as próprias organizações locais de maneira a reconstruir a comunidade.
Outras críticas são focadas em aspectos mais básicos: Kony não está mais na Uganda, e não é mais tão evidente uma grande ameaça da LRA à estabilidade na região. Em uma declaração sobre um ataque da LRA no nordeste da República Democrática do Congo, um porta-voz das Nações Unidas descreveu a ação como “o último suspiro de uma organização agonizante que ainda tenta deixar sua marca”. O porta-voz acredita que a LRA foi reduzida atualmente a apenas 200 combatentes, além de um pequeno número de mulheres e crianças que alimentam e dão apoio ao grupo. Em vez de ocupar aldeias e vilarejos, como a LRA fazia quando era mais forte, agora seus integrantes conduzem apenas ataques feitos por 5 ou 6 pessoas para roubar comida.
A teoria de mudança da Invisible Children… e o problema dessa teoria
Eu gostaria de começar uma análise das técnicas da Invisible Children dando a Jason Russell e seus colegas o benefício da dúvida. Imagino que eles sinceramente acreditam que Kony e a LRA devam ser levados à justiça e que sua campanha é apropriada, mesmo que o impacto de Kony na região hoje seja muito menor do que foi há cinco ou dez anos. Embora seja muito fácil desconfiar de seu kit de ação de 30 dólares, acho que eles genuinamente creem que a chave para prender Kony seja sensibilizar e pressionar o governo norte-americano.
Na minha opinião, contudo, eles provavelmente estão errados.
Kony e seus seguidores fugiram do norte de Uganda e procuraram abrigo em partes do mundo onde há pouco ou nenhum controle do Estado sobre o território: no leste da República Democrática do Congo, no leste da República Centro-Africana e no sudoeste do Sudão. Os governos que, em tese, controlam essas regiões têm pouquíssima capacidade de proteger suas fronteiras, e já se provaram impotentes quando agências internacionais como o TPI (Tribunal Penal Internacional) pediram sua ajuda na prisão de Kony.
Encontrar Kony não é algo simples de se fazer. As áreas em que ele e suas forças operam são selvas densas, sem infra-estrutura. A pequena dimensão da LRA é uma complicação adicional – com apenas algumas centenas de integrantes e com ataques realizados por poucos indivíduos, imagens de satélite não serão capazes de detectar o grupo – e é por isso que a Invisible Children e outros estão tentando construir redes que permitam que as pessoas afetadas pelo LRA comuniquem os ataques, uma vez que esses ataques são uma das poucas maneiras plausíveis de se encontrar a LRA.
Russell argumenta que a única instituição que pode localizar e prender Kony é o exército ugandês. Todavia, dado que o exército ugandês vem tentando desde 1987 fazê-lo, essa parece ser uma estratégia problemática. O jornalista Michael Wilkerson, que fez reportagens sobre a LRA durante muitos anos, lembra que o exército de Uganda é mal equipado, mal alimentado, incompetente e corrupto em sua essência. Os últimos esforços para reprimir Kony falharam devido à falta de planejamento, má coordenação e à capacidade incrível de Kony de se esconder na selva.
Para complicar, Kony continua a contar com crianças-soldado. Isso significa que um ataque militar – orientado por um sinal de telefone via satélite ou algum outro método para localizar Kony – provavelmente resultaria na morte de crianças raptadas. Essa perspectiva acaba levando muitos ugandeses a não apoiar os esforços militares para capturar ou matar Kony, mas a defender abordagens que ofereçam anistia à LRA em troca do fim da violência e do retorno das crianças raptadas.
A Invisible Children demonstrou que pode aumentar a “conscientização” através de um vídeo produzido rapidamente e de uma bem sucedida campanha nas mídias sociais. É possível – talvez provável – que essa campanha aumente a pressão sobre o presidente Barack Obama para manter conselheiros militares americanos em Uganda. Como Wilkerson aponta em uma matéria recente, não há nenhuma evidência em relação a uma suposta ameaça do presidente de retirar os conselheiros. E como Mark Kersten destaca, é provável que esses conselheiros funcionem como um quid pro quo para que Uganda apoie os objetivos militares dos EUA na Somália. Em outras palavras, as ações que a Invisible Children pede já foram tomadas … e, infelizmente, não resultaram na captura de Kony.
O problema da supersimplificação
A campanha que a Invisible Children faz é tão atraente porque oferece uma narrativa extremamente simples: Kony é um personagem unicamente mau, um ser humano horrível cuja captura acabará com o sofrimento do povo do norte da Uganda. Se fizermos a nossa parte, influenciarmos pessoas poderosas, a mais potente força militar do mundo agirá e Kony será capturado.
Russell reconhece implicitamente a simplicidade da narrativa com o seu filme. Boa parte de seu curta-metragem o mostra explicando a seu filho que Kony é uma pessoa ruim, e que seu trabalho é capturar o bandido. Somos convidados a aderir à campanha contra Kony ao sermos literalmente tratados como uma criança de cinco anos. Não é surpresa que a visão de uma criança de cinco anos em relação a um problema – um único cara mau, uma única ameaça para eliminar – leve a uma solução inviável. Também não é uma surpresa que esta narrativa extremamente simples seja atraente e facilmente disseminada.
Severine Autesserre, uma pesquisadora especialista na República Democrática do Congo, escreveu recentementeum artigo importante sobre as narrativas e abordagens do conflito no leste da RDC. (Eu tomei conhecimento deste artigo somente por meio da boa vontade da Dra. Laura Seay, cujo blog “Texas in Africa” é leitura obrigatória para quem se interessa pela África Central, e que tem sido uma das vozes proeminentes no Twitter pedindo uma reavaliação da estratégia da Invisible Children).
Em seu artigo, Autesserre argumenta que o tão complicado conflito no leste da RDC foi reduzido a uma narrativa bastante simples por jornalistas e ONGs: para obter o controle das riquezas minerais, os exércitos rebeldes estão usando o estupro como uma arma de guerra, e eles devem ser contidos pelo governo congolês. Esta narrativa é tão poderosa pois “certas histórias causam maior impacto e, portanto, são mais eficazes para influenciar a ação, quando se atribui a causa dos problemas a ‘ações deliberadas de indivíduos identificáveis’; quando elas incluem ‘lesão corporal em indivíduos vulneráveis’​​, especialmente quando se faz de maneira mais fácil a atribuição da responsabilidade; quando elas sugerem uma solução simples ou ainda quando podem agarrar-se a narrativas pré-existentes”.
Soa familiar? A história de Kony ressoa porque é a história de um indivíduo determinável que causa danos corporais a crianças. É uma história com uma solução simples e que se apóia em narrativas existentes sobre uma suposta ingovernabilidade da África, sobre o poder militar dos EUA e sobre a necessidade de se trazer à tona conflitos desconhecidos.
Aqui está o problema - essas narrativas simples podem causar danos. Ao reduzir a situação da RDC a um conflito sobre minerais, inúmeras outras causas - tensões étnicas, disputas de terras, o papel de militares estrangeiros - são minimizadas. As soluções propostas - a proibição do uso de “minerais de conflito” na fabricação de celulares -parecem boas no papel. Na prática, isso significa que a mineração de coltan (ou columbita-tantalita) não é mais possível para mineiros artesanais, que perderam sua principal fonte de ajuda financeira - em vez disso, a mineração é agora dominada por grupos armados, que têm as redes e recursos do contrabando de minerais fora do país e ocultam suas origens. Da mesma forma, o foco no estupro como arma de guerra, argumenta Autesserre, fez com que alguns grupos armados se engajassem no estupro em massa como técnica para ganhar a atenção e um assento na mesa de negociação. Finalmente, o foco sobre o Estado congolês como uma solução ignora que o próprio Estado abusa sistematicamente do poder e os governantes do país usam o poder para roubar seus cidadãos. A narrativa simples e facilmente disseminada, segundo Autesserre, tem consequências problemáticas  inesperadas.
Quais são as conseqüências imprevistas da narrativa da Invisible Children? A principal delas é um maior apoio para Yoweri Museveni, o líder ditatorial e cleptocrático de Uganda. Museveni está agora em seu quarto mandato presidencial, resultado de uma eleição vista por observadores da União Europeia como fraudada. Museveni impôs um controle tão rigoroso sobre opiniões políticas dissidentess que seus adversários foram obrigados a protestar contra seu governo por meios sutis e indiretos - caminhando para o trabalho para protestar contra o estado deplorável da economia de Uganda. Estes protestos foram violentamente reprimidos.
O governo dos EUA precisa pressionar Museveni em várias frentes. O parlamento de Uganda, com o apoio da esposa de Museveni, vem apoiando um projeto de lei para punir a homossexualidade com a pena de morte. A administração Obama se vê pressionando Museveni a apoiar os direitos de gays e lésbicas e a parar de reprimir a oposição tão brutalmente, enquanto pede cooperação na Somália e contra o LRA. Uma conseqüência não intencional da campanha da Invisible Children poderá ser colocar os EUA mais perto de um líder que deveria ser criticado e banido.
Podemos militar sem simplificar demais?
Agora estou com quase três mil palavras neste post e estou ciente de que estou simplificando demais a situação no norte de Uganda … e também ciente de que não simplifiquei o bastante. Faz total sentido que uma campanha para criar uma maior conscientização acerca do conflito no norte da Uganda queira simplificar esse cenário tornando-o uma narrativa do bem contra o mal, e uma chamada para a ação. Enquanto  me ofende a manipulação emocional do vídeo produzido pela Invisible Children, admiro sua arte. Ele começa com a visão de um mundo em transformação global, onde a mídia social empodera os indivíduos como nunca antes. Ele edifica sua narrativa em torno de um apaixonado ativista - Jason Russell – e nos mostra as razões da sua militância - sua amizade com uma vítima de Kony na Uganda. O vídeo tem uma “história do eu“ profunda que torna possível para os indivíduos se conectar e se relacionar. E Invisible Children constrói uma narrativa onde nós podemos ajudar, e onde estamos fugindo da nossa responsabilidade como seres humanos se não ajudarmos.
O problema, é claro, é que esta narrativa é muito simples. A teoria da mudança que ela defende provavelmente não funcionará, e não está claro se o objetivo de eliminar Kony ainda deve ser uma prioridade na estabilização e reconstrução do norte de Uganda. Ao oferecer suporte para Museveni, a campanha pode acabar fortalecendo um líder com um histórico terrível.
Uma narrativa mais complexa do norte de Uganda olharia para a estranha e co-dependente relação entre Museveni e Kony e para o fracasso sistemático de Uganda em proteger o povo Acholi do norte do país. Ela observaria os esforços das numerosas comunidades, muitas vezes lideradas por mulheres, para mediar conflitos e aumentar a estabilidade. Ela focaria seus esforços em reconstruir a economia do norte de Uganda, e reconheceria as consequências econômicas de retratar a região como uma zona de guerra. Apresentaria projetos como o Women of Kireka (Mulheres de Kireka), que trabalha para construir a independência econômica das mulheres deslocadas de seus lares no norte de Uganda.
Essa narrativa seria muito mais difícil de ser compartilhada e ‘viralizada’.
Estou começando a me perguntar se este é um limite fundamental para o ativismo baseado na atenção. Se precisamos de narrativas simples para que as pessoas possam amplificá-las e espalhá-las, estamos forçados a nos engajar apenas com os problemas mais simples? Ou a propor apenas a mais simples das soluções?
Como alguém que acredita que a capacidade de criar e compartilhar mídia é uma importante forma de poder, a história da Invisible Children me traz um difícil paradoxo. Se quisermos que as pessoas prestem atenção às questões que nos preocupam, precisaremos simplificá-las em excesso? E se o fizermos, será que os nossos enquadramentos simplistas podem fazer mais mal não intencional do que bem intencional? Ou será que a reação contra esta campanha evidencia que estamos aprendendo a ler e escrever narrativas complexas online, e que um estudante universitário com dúvidas sobre o valor e a validade da campanha  pode encontrar uma audiência? Será que a campanha da Invisible Children continuará inalterada, ou vai considerar as críticas e projetar uma resposta mais complexa e matizada?
Essa é uma história que vale a pena assistir.
*Traduzido por Natália Mazotte e Bruno Serman


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