terça-feira, 3 de abril de 2012

Rabelo não quer receber Valcke. Senado também nâo. "Pepino" para Blatter resolver

Aldo e Valcke: relações esgarçadas não reatam jamais

Da redação

A declaração recente de Joseph Blatter de que o governo brasileiro deveria falar menos e trabalhar mais em favor da Lei Geral da Copa azedou de vez as relações da entidade internacional e o governo. Blatter era esperado para encontro no senado no dia 11.  Hoje senadores iniciaram um processo fritura do secretário geral da FIFA, Jerome Valcke, com a finalidade de cancelar o encontro marcado para a mesma data. Na noite de ontem o ministro do Esporte, Aldo Rabelo, revelou problemas de agenda para não estar frente a frente com Valcke na quarta-feira. Valcke causou polêmica entre as autoridades brasileiras quando disse que autoridades brasileiras mereciam tomar um chute no traseiro por conta da dificuldades em realizar obras e aprovar projetos.

A frase, que desagradou até a presidente Dilma Rousseff, fez o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, pedir à Fifa que ele não fosse mais o interlocutor nem voltasse mais ao Brasil. Mas logo depois da intervenção de Blatter, revelando que houvera um mal entendido, os ânimos se acalmaram.
A Comissão do Senado irá agora enviar um novo convite a Joseph Blatter, reiterando que se trata de uma chamada intransferível. Nesta segunda vez que recebeu o convite, o dirigente disse que mandaria o francês em seu lugar.  Blatter joga com a certeza de que o Brasil teme perder a Copa do Mundo para outro país caso queira endurecer nas negociações de alguns pontos chaves para o evento. O maior deles diz respeito ao direito de vender bebidas alcoólicas nos estádios – o que é proibido pela legislação brasileira.

Um comentário:

  1. Charles De Gaulle supostamente disse que o Brasil não é um país sério. José Bonifácio, tutor de D. Pedro, supostamente disse que um país onde o abismo entre a riqueza e a pobreza é "inenxergável", a corrupção "corre solta". Na verdade, pouco importa quem disse o quê, pois, ambas expressões encaixam-se perfeitamente no atual momento (cerca de pouco mais de 500 anos)em que se vive no Brasil. Nossos governantes, dotados de mediocridade e hipocrisia notáveis e infinitas fazem questão, ou melhor, não fazem a mínima questão de demonstrar ou mostrar transparência em suas ações. A ineficiência, a ineficácia e o oportunismo traduzem suas intenções mais que dolosas para com a sociedade e o cidadão. Seriedade, retidão e respeito não são condutores de suas atitudes e relações. Por outro lado, e pior do que isso, seja talvez, a passividade ou inércia com que o povo permanece frente aos acontecimentos que direta e/ou indiretamente afetam e/ou afetarão os destinos de suas vidas e de seus afins, o destino de seu próprio país. Se fosse um povo, de fato pacífico, reagiria a toda esse desgoverno e mal uso do dinheiro público entre outros desmandos. O Brasil não merece um chute no traseiro somente, mas, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, mil chutes bem dados, e um tapa na cabeça tipo aquele que damos na gurizada que vive aprontando. Um dia, quem sabe, seremos um país sério (será?) com um povo pacífico e ciente da função que ocupa no espaço, ou seja, atento às ações de seus governantes e também de seu semelhante, o famoso próximo.

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