As Farc perderam força quando se aproximaram dos narcotraficantes |
A guerrilha marxista colombiana anunciou neste domingo a intenção de pôr fim ao sequestro de civis. Em um comunicado publicado no site do grupo na internet, as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) também anunciam que vão libertar 10 reféns militares mantidos em cativeiro por cerca de 12 anos. O grupo informa ter aceito a ajuda logística do governo brasileiro para a operação.
Em dezembro passado, as Farc já tinham anunciado a intenção de libertar seis militares mantidos em cativeiro há mais de uma década. Com o comunicado de hoje, a lista foi ampliada para 10 reféns. Há duas semanas, o presidente colombiano, Juan Manuel dos Santos, anunciou que o Brasil tinha sido autorizado por ele a colaborar para a libertação de cinco policiais e um militar. No dia 16 de fevereiro, o Brasil confirmou a operação que ainda não tem data marcada.
"Tem se falado muito em sequestros de civis, homens e mulheres da população que nós detemos com fins financeiros, para financiar nossa luta. Anunciamos que a partir desta data proscrevemos [abolimos] a prática do sequestro de civis de nossas ações revolucionárias", diz um texto publicado no site das Farc pela secretaria geral da guerrilha comunista.
Nos últimos anos, as Farc foram dizimadas pelo Exército colombiano. Ainda na sexta-feira, as autoridades locais anunciaram a morte de Wilson Correa (aliás 'Eduardo Robayo'), suposto líder da guerrilha. Ele morreu em combate com soldados na zona rural de Meta, departamento da região central do país.
Correa reivindicava o sequestro do ex-governador de Meta, Alan Jara, em julho de 2001. Ele foi feito refém pela guerrilha quando viajava em um carro da ONU junto com Lars Franklin, na época coordenador das Nações Unidas na Colômbia. Jara passou quase oito anos no cativeiro até ser libertado em fevereiro de 2009.
As Farc são o grupo guerrilheiro mais antigo da Colômbia, com 47 anos de existência e cerca de 9 mil combatentes na atualidade.
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