quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Conexão Jornalismo - morador do Jacarezinho reclama ação violenta da PM

Aos 40 anos, este morador do Jacarezinho faz um apelo aos policiais militares: "respeitem a comunidade e não tratem todos os moradores como se fossem criminosos".

Pai de quatro filhos, ele é um trabalhador assalariado que ontem perdeu seu dia de trabalho por conta de mais uma operação desastrada da PM.

Diz este trabalhador que o Caveirão forçou a entrada por uma área da comunidade conhecida como Prainha e lançou-se com toda a velocidade e força contra os trilhos do trem que servem de barricadas e que são colocados  de tempos em tempos pelo tráfico.



O resultado é que na segunda investida do Caveirão contra os trilhos um deles voou e acertou em cheio o pé de uma moradora. Segundo Roberto ouviu na comunidade, a mulher teve decepados três dedos do pé: "poderia ser com as minhas filhas, com a minha mulher, minha mãe, comigo...", desabafa.
Roberto não vê a hora da polícia transformar a comunidade em UPP e que traficantes e policiais violentos virem coisas do passado. Ele não entende como a cracolândia do Jacarezinho continue funcionando a todo vapor, mesmo com as constantes ações policiais.
E este chefe de família está cansado. E o Rio também. Ações como a registrada ontem, em que um carro da polícia, ou seja, do Estado, ou seja, nosso, foi destruído, ocorrem na cidade há várias décadas. Já era hora de em vez de armas, homens e preto e fuzis, a Segurança Pública iniciasse um novo ciclo ainda inédito no Rio: o da inteligência. De repente pode dar certo.
Daqui a pouco entrevista completa com "Roberto" na Rádio Conexão.

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